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quarta-feira, 5 de março de 2014

COMO CRIAR COELHOS

CRIAÇÃO DE COELHOS

INTRODUÇÃO

O coelho é um animal muito prolífero (vários descendentes em curto período de tempo), seu ciclo produtivo é curto, podendo, portanto ser explorado comercialmente. Sua criação recebe o nome de “cunicultura”, o qual podemos extrair produtos como carnes, peles, filhotes (animais de estimação). A carne de coelho apresenta ainda um alto valor nutricional.
Os animais podem ser criados em gaiolas (dimensões de 80 cm de comprimento, 60 cm de largura e 45 cm de altura) individuais ou em baterias, dependendo do investimento do criador. Para proporcionar o bem-estar dos animais a temperatura do local deve ficar em torno de 20º C e umidade em torno de 70%. Cuidados para não estressar os animais (barulho, super lotação, etc..) devem ser tomados, visando uma maior produção.
Em relação a alimentação dos animais, quando criados mais em regimes extensivos (acesso a pequenos piquetes) devemos fornecer algumas gramíneas ou leguminosas (soja, alfafa…), complementando a alimentação com a utilização de rações balanceadas disponíveis no mercado. Quando a criação for intensiva, não há problema de fornecimento apenas de ração.
Na fase de reprodução, os coelhos estão prontos por volta de 6 meses de idade. Podemos utilizar vários métodos de acasalamento, sendo o mais indicado (maior controle de índices zootécnicos) o acasalamento natural controlado, o qual levamos a fêmea à gaiola do macho e deixamos os mesmos se acasalarem naturalmente, isso permite um controle da criação e identificação dos eventuais machos/fêmeas com problemas reprodutivos.
Os láparos (filhotes de coelho) nascem de 27-32 dias após o acasalamento. Seu desenvolvimento se dá de forma rápida, de modo que com 4 dias de idade já possuem pêlos e com 20 dias já estão habituados a comer o mesmo alimento fornecido às mães. Aos 45 dias de idade podemos fazer a desmama (separação dos láparos das mães).
Os cuidados sanitários são simples, devemos manter constantemente higienizadas as gaiolas (recomendado o uso de cal virgem) e preceder a separação dos animais por idade (animais jovens são mais suscetíveis as doenças) evitando assim a contaminação pela diferença de idade dos animais.

Classificação zoológica: o coelho é um mamífero de ordem Lagomorfo, gênero Oryctolagus e espécie Oryctolagus cuniculus.
O coelho é um animal prolífero e de rápido crescimento, o que gera um rápido ciclo produtivo.  
A carne apresenta um alto valor energético e também baixos teores de colesterol.
Os coelhos podem produzir grandes quantidades de carne rica em proteína em menos tempo que animais de outras espécies exploradas zootecnicamente.
A cunicultura oferece várias vantagens, entre elas o fato de se poder explorar carne, peles, patas, esterco e filhotes (pet shops).
A coelha é um animal que possuí um ciclo reprodutivo bem curto podendo cruzar novamente 4 dias após o parto. Todavia, este parto não deve ser utilizado, pois causará deficiências aos fetos que estão sendo gerados, assim como, aos filhotes que estão sendo amamentados concomitantemente. Podemos re-acasalar os reprodutores somente após o desmame dos filhotes, o que não deve acontecer antes que a ninhada tenha completado pelo menos 50 dias de idade. A gestação da coelha dura aproximadamente 30 dias, podendo parir, em média, 8 láparos (filhote do coelho até o desmame) por parto. Estas características são as responsáveis pela fama do coelho ser um animal extremamente prolífero. Outro fato que chama grande atenção para esta espécie é a sua grande capacidade de crescimento, atingindo o peso para o abate em aproximadamente 70 dias.
A carne deste animal apresenta um alto valor nutritivo quando comparada com a de outras espécies exploradas zootecnicamente. A carne de coelho apresenta um alto teor de proteínas e um baixo teor de gorduras.

% proteína
% gordura
coelho
20,8
10,2
frango
20,0
11,0
boi
16,3
28,0
porco
11,9 
45,0
A.P.C.C - Curso de Cunicultura
O coelho apresenta outra grande vantagem, este animal pode ser explorado com a venda de sua pele, patas, cérebro, esterco, além de poder ser comercializado como animal de estimação.


RAÇAS


Embora existam muitas raças, separa-se conforme o objetivo da criação: carne, pele, lã ou filhotes (pet).

Características das principais raças:  

Nova Zelândia

Raça americana, pesando 4,5kg os machos e 5kg as fêmeas, embora possam ultrapassar esses pesos. Existem as variedades branca e vermelha.
São coelhos muito mansos, com uma bela e espessa pelagem branca ou vermelha uniformes, conforme a variedade. Os da variedade branca têm os olhos vermelhos ou róseos. É considerada uma das melhores raças mistas, para carne e pele, sendo a mais criada em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Aptidões e qualidades

É uma raça de introdução relativamente recente, que tende a prosperar continuamente, em virtude de suas excelentes qualidades para a criação. É prolífica, precoce, rústica, de excelente carcaça e peles de média categoria, bem aproveitáveis. As fêmeas são mansas e boas criadeiras (as brancas são melhores que as vermelhas). Os láparos atingem 1,8-2,0 Kg com 8-10 semanas, quando podem ser abatidos para o consumo.   

Califórnia

Peso de 4kg para os machos e 4,5kg para as fêmeas. Tem um aspecto geral harmonioso e uma ótima pele de pêlos branco-gelo, macios, sedosos e brilhantes. Possuem as extremidades (focinho orelhas, patas e cauda) escuras (quanto mais escura, melhor, sendo ideal a cor preta). É considerada uma das melhores raças, criada em todo o mundo.

Aptidões e qualidades

O Californiano está ganhando cada vez mais reputação como excelente coelho de dupla utilidade: ótima pele branca, como ideal para o corte carne fina, precoce, boas qualidades de criação, quer em a estado puro, quer para cruzamentos industriais, particularmente com o Nova Zelândia Branco. No Brasil, apesar de introduzido recentemente, o número de criadores vem aumentando progressivamente, como acontece em outros países.

 Chinchila

Raça originária da França, de nível médio, pesando em média 4,0 Kg machos e 4,5 Kg fêmeas. O pelo é constituído de três cores: base cinzenta, médio branca e a ponta preta, que dá a impressão de um conjunto cinzento mais claro ou mais escuro.

Aptidões e qualidades

O coelho chinchila vem ganhando espaço na cunicultura por apresentar boa aptidão para a produção de carne e de peles, além de responder muito bem a cruzamentos industriais, principalmente com a raça Nova Zelândia Branco, produzindo coelhos precoces.

Coelho Azul de Viena

Originário da Áustria, o coelho Azul de Viena é uma das raças de porte médio mais populares, provavelmente por preencher satisfatoriamente os requisitos de dupla utilidade: carne e pele. Foi obtido por J. K. Schultz, em 1893 (em Viena), supostamente como resultado de cruzamentos de coelhos gigantes preto e amarelo. É bem conhecido no Brasil.

Descrição

Peso de 3,5 a 5,5 Kg no adulto, ou 4,5 Kg em média. O tipo primitivo, de tamanho gigante foi abandonado.

Pelagem de coloração azul escuro, uniformemente distribuída na parte superior do corpo, descobrindo-se para as extremidades e ventre, que é claro.
As tonalidades marrom, preta e clara são indesejáveis, assim a como a presença de pelos brancos. Os pelos são de comprimento uniforme, lisos, macios e brilhantes - mesmo no ventre.

Aptidões e outras qualidades

É esta uma das raças mais rústicas e fáceis de criar, prestando-se tanto para a produção de carne, com boa carcaça, como para a produção de peles, que, embora não imitem a de qualquer outro animal prolífero, é muito bonita, para a confecção de agasalhos. Para este fim, é necessário dedicar muita atenção à seleção evitando a reprodução de animais com defeitos graves de pelagem, principalmente a presença de "ferrugem", muito comum. O excesso de luz, falta de limpeza das jaulas e a idade, contribuem para o agravamento deste defeito.

Coelho Rex ou Cartorrex

A raça Rex (rei dos coelhos) foi criada em 1919, na França, por Caillon, separando um casal de láparos que tinha nascido com "pelo de rato" e fazendo-os reproduzir. Tratava-se de uma mutação recessiva, pela qual os pelos caprinos ou churdos se atrofiavam, ficando confundidos no meio da borra ou anafaia (sub-pêlo). Estes também se tornavam mais densos, tomando uma direção perpendicular à pele, que lhe dava a aparência aveludada. Posteriormente foi melhorado pelo Abade Gillet e pelo Prof. Kohler.

Foi reconhecido como raça a partir de 1924, e era, a princípio, tido como um coelho muito fraco e de difícil criação. Os primeiros coelhos eram de cor de castor, donde derivou o nome de Castor-Rex.

Mais tarde foi cruzado com numerosas raças e obtiveram-se coelhos Rex de todas as cores possíveis. Os mais estimados são Castor Rex escuro, Castorrex castanho ou Havano, Castorrex azul ou' Lince Rex, Negro ou Lontra Rex, Alasca Rex, Arminho Rex, Azul Rex, Chinchila Rex, Nutria Rex, Topo Rex, Lilás Rex, Branca Rex, etc. Após esses cruzamentos' para obtenção das variedades, verificou-se que esses coelhos não eram tão difíceis de criar.
Provavelmente isto fora verdade nos primeiros exemplares da raça, devido à consangüinidade, mas o vigor foi restabelecido nos cruzamentos com outras raças.

Hoje é considerada uma das melhores raças de coelho de dupla utilidade, produzindo as melhores peles e carne muito fina.

Descrição

Peso de 3 a 4 Kg, chega a idade adulta ao 5 meses.

Pelagem finíssima, com ausência aparentemente completa de pelos cáprios, de aspecto lanoso-aveludado, semelhante ao da lontra preparado, porém mais fino e curto. Quanto mais curto for o pelo, melhor (de 1ª com 1,3 mm), admitindo-se até 1,6 mm de comprimento no meio do dorso. Quando os pelos são mais longos, as peles tem pouco valor. O pelo é denso e se acama na direção que se lhe dá, com bastante brilho.

A cor do "Castor-Rex" vai do vermelho escuro até o acaju escuro, preferindo-se geralmente os tons mais escuros, que se aproximada cor do castor. A cor é centrífuga e vai clareando para o ventre, a que é branco ou cinza muito claro. As coxas são às vezes um pouco acinzentadas.

O "Havana-Rex" deriva do cruzamento com fêmeas Havanas, tem a cor do castor, porém de maneira uniforme. Toda a pele pode ser aproveitada. Não deve ter pelos brancos.

O "Lontra-Rex" tem o fundo do pelo cinzento e reflexos avermelhados. O ventre tem uma faixa cinza.

O "Chinchila-Rex" tem a cor do Chinchila, às vezes com um tom acastanhado e o ventre com faixa branca.

Os "Azuis-Rex", derivados do Azul de Beveren e de Viena, tem os pelos cinzentos muito claros na base, aveludados e brilhantes.

Os "Negro-Rex", provenientes de raças negras, tem pelos muito brilhantes.

Os "Branco-Rex", brancos uniformes, foram obtidos pelo cruza\mento com Branco de Viena, de Bouscat e da Vendéa. Pode-se utilizar a pele inteira.

O "Arminho-Rex", derivado do Polaco, dá peles pequenas, porém com pelos muito finos, sedosos e brilhantes.

Existem ainda numerosas variedades menos comuns, mas igualmente valiosas, tais como a "Rosa-Rex", a "Gris-Perle", a "Cor-de-fogo", a "Laranja", a "Zibelina", a "Fuinha" etc.

Aptidões e outras qualidades

As peles dos Rex, quando uniformes e de cores definidas, possuem grande valor, por este motivo devem constituir o objetivo principal da criação e da seleção. Não obstante, como o tamanho da pele também a valoriza, deve-se evitar a degenerescência no peso. Sua carne não é inferior à dos demais coelhos - excelente em algumas variedades - e, embora valha menos que a pele, os Rex devem ser considerados mistos: para a pele e carne, como o Chinchila.

A princípio, considerava-se o Castorrex um coelho fraco e doentio, porém, graças à seleção e ao cruzamentos bem conduzidos, é atualmente uma das raças mais fáceis de criar, acreditando-se mesmo ser mais resistente a certas moléstias, como à coccidiose, do que outras raças.

Coelho Angorá

É freqüente referirem-se a esta raça como proveniente de Angorá, Turquia asiática, onde se diz ser antiga sua criação. Não se sabe ao certo quando e onde se deu a mutação que originou o coelho Angorá, entretanto seu nome deve ter-se originado apenas na semelhança com a raça de cabras de Angorá.

Distingue-se das demais raças da espécie por ser a mais importante produtora de pelos. No entanto, é considerada de tríplice utilidade: lã, carne e pele.

Distinguem-se, quanto ao tamanho, três variedades, a pequena, com primitiva da raça é a branca, porém as variedades mais estimadas são hoje as negra pura, azul-escura, havana e siberiana (branca com malhas típicas do russo).

O pelo longo e sedoso, que se destina à fiação, é obtido por depilação dos animais vivos. Penteiam-se os animais cada 15 dias (começando quando tem um mês a um mês e meio de idade, geralmente na desmama), com uma escova de cerdas rijas ou pente grosso. A colheita de pelos é feita por arranque, quando estão "maduros" (soltam) o que pode acontecer logo na oitava semana. As primeiras colheitas são inferiores e o produto não deve ser misturado com o dos animais idosos. O segundo arranque é feito 60 dias depois do primeiro, o terceiro, setenta, o quarto com 80 dias de intervalo e daí por diante, cada três meses. Os coelhos não ficam completamente pelados, pois conservam os pelos curtos.

Descrição

Peso 1,5 a 4 Kg dependendo da variedade, e atinge a idade adulta aos 6 meses.

O pelo deve ser tão comprido quanto possível (de 12 a 18 cm), fino liso, sedoso, denso, suave ao tato, não permitindo ver-se porção alguma da pele. Cor de acordo com as variedades, uniforme, salvo na Siberiana. O pelo não deve ser inferior a 8 cmpara julgamento. O pelo não deve ser emaranhado, sujo, ralo, grosso, lanoso, maltinto, malhado, nem devem faltar os tufos característicos. A cor primitiva da raça é branca, sendo comuns as variedades descritas na introdução.

Aptidões e outras qualidades

Conquanto o principal objetivo da criação do coelho Angorá seja a produção de pelos, é considerado misto, porque é utilizado pela sua excelente carne e para a produção de peles.

A produção de pelos no primeiro ano atinge 200g e nos anos seguintes 300g por cabeça, havendo exemplares excepcionais, que chegam a produzir 600g.
O arranque obedece a uma técnica especial. Primeiro passa-se o pente para alisar, depois, segurando-se com a mão esquerda a pele, puxam-se os pelos mais compridos, perpendicularmente ou segundo a inclinação dos pelos (conforme a região), deixando os da cabeça, cauda e patas e os mais curtos do corpo. Os animais depilados são então reunidos em grupos pequenos com cama abundante para se aquecerem. Os pelos são guardados em caixas, sem compressão, para evitar seu emaranhamento.

Os Angorás são coelhos rústicos, muito mansos e sociáveis, sentindo prazer em serem penteados. As coelhas são prolíficas, dando 07 a 08 láparos por parição, os quais nascem nus e com a cabeça muito grande. Entre o 4º e o 8º dias, conforme o calor, nascem os pelos que crescem rapidamente. A primeira muda se faz aos 03 meses, porém convem pentear desde a desmama.

Para conservarem as excelentes características de seu pelo devem ser mantidos em gaiolas escuras, quentes e sem correntes de ar. Há criadores que os criam principalmente para carne, sem se preocuparem muito em cuidar dos pelos, outros destinam as peles ao curtimento, a sacrificando os animais depois da muda de inverno. Essas peles se destinam a confecção de abrigos.

Quem quiser criar essa raça em nosso país, deverá antes de começar, assegurar-se da colocação de seus produtos a preço remunerador.

Coelho Gigante de Flandres

Apesar das opiniões discordantes, é provável que a sua origem tenha tido lugar na Bélgica, pela seleção do coelho selvagem domesticado. Não se conhece a história da formação desta raça, o que demonstra sua antiguidade.

O nome de Gigante provém de sua extraordinária corpulência, quando comparado ao tamanho de coelhos de outras raças, chegando algumas fêmeas a pesar quase 10 Kg.

Quando jovem, dá carne de qualidade razoável e pele grande, apesar dos pelos não serem tão densos como noutras raças.

É criado em todos os países cunicultores em grande escala. No Brasil é uma das raças mais conhecidas tanto pelos amadores como pelos profissionais.

Descrição

Peso quando adultos, de 6 a 8 Kg. Os animais com menos de 5 Kg com um ano ou de pesos exagerados devem ser eliminados. Comprimento de 80 a 100 cm, 90 em média, tomado da ponta do focinho à ponta da cauda. A fêmea é maior.

O pelo é fino, liso, de comprimento variável, segundo a variedade, preferivelmente denso e curto. Há duas cores típicas na raça, a cinza de lebre e a cinza do coelho bravo (acastanhado), ambos com o ventre, parte inferior da cauda e pés brancos. Muitas variedades foram formadas posteriormente pelo cruzamento com outras raças: Negra de olho róseo, Azul-prateada, Azul-afogueada, Branca-afogueada, Branca de olho escuro e de olho róseo. Não se admitem barras negras ou brancas nos pés e mios nas variedades coloridas, porém não constituem defeitos pelos brancos disseminados nessas regiões.

Em julgamento são desclassificações o pelo longo e lanoso e malhas brancas no focinho e na fronte das variedades coloridas, nas quais a cor deve ser bem definida

Aptidões e outras qualidades

É considerada uma das melhores raças de carne e uma das mais populares no Brasil. A carne dos animais adultos é inferiores, moles e muito gordurosas, devendo ser os animais sacrificados antes de completarem um ano. A carne dos jovens, contudo, é apreciada.

Dá peles grandes, uniformemente revestidas, prestando-se muito bem para curtir. Para peliças, dá-se preferência às variedades brancas por tomarem melhores as cores no tingimento.

Embora uma raça grande é tardia e não das mais rústicas, devendo ser criada em gaiolas espaçosas (80x80 cm).

As coelhas são pouco prolíficas, dando de 04 a 07 láparos por parição. Criam mal, por cujo motivo se devem deixar apenas 03 a 04 láparos ou simplesmente 02, quando se trata da primeira cria. Devem ser cobertas aos 06 meses, porém os machos só devem cobrir a partir de um ano de idade.

Os láparos são delicados, muito sensíveis à umidade e ao vento mães se ressentem da amamentação, que não deve prolongar-se.

Os coelhos Gigantes sofrem mais com o calor excessivo do que os das raças menores, de maneira que devem ser bem protegidos. É uma raça indicada para criações em pequena escala, de amadores, e, na criação industrial, usada somente nos cruzamentos de compensação.


INSTALAÇOES


Como deve ser as instalações?
A criação doméstica não há nescessidade de tantos gastos como muma industria. Mas, para evitar prejuízos, são necessárias, pelo menos, as seguintes instalações e equipamentos: gaiola, bebedouro, comedouro, manjedoura, ninho e cobertura. Saiba, agora, como se monta um coelhário.
A primeira preocupação deve ser com relação à água, que deve ser potável. As instalações precisam oferecer aos coelhos uma boa aeração, condições para que eles que eles não sofram com as mudanças brutas de temperatura e para que fiquem protegidos das chuvas, ventos, frio e sol direto.
Providencie, então, o galpão, que poderá ser construído de blocos de cimento de 10 cm, até a altura de 1,50m, fazendo-se pilares para sustentação do telhado, o qual poderá ser de duas ou uma só água. A cobertura pode ser feita com telhas de amianto, que não nescessitam de muito madeirame, ficando o telhado mais leve do que com telhas de barro.
As paredes devem ter 1,50m de altura e o restante poderá ser fechado com tela ou, ainda, com cortinas de plásticos usados para proteger os coelhos do vento. Depois de construído o galpão, instale as gaiolas de arame galvanizado, de tamanho padrão que são encontradas em lojas especializadas: 80 X 60 X 45 cm. Veja o modelo abaixo de uma coelheira dupla.

Para uma criação pequena, o galpão poderá ter 8 X 4 metros, comportando inicialmente 16 gaiolas, isto é, oito em cada lado, para abrigar raças médias. Mas também poderá ser feito de tal maneira que, mais tarde, se construa outro tanto, para ser colocado como se fosse o segundo andar.
Para 10 matrizes (para cada 10 fêmeas é necessário apenas um macho), são necessárias, no mínimo, 16 gaiolas: uma para o macho, uma para cada matriz, e algumas de reserva para os filhotes (antes de irem para a gaiolas de engorda). As gaiolas devem ficar a 80 cm do solo.
Fixadas as gaiolas, coloque os bebedouros e comedouros dentro de cada uma (normalmente as gaiolas já vem com comedouro externo, que são os ideais. Os bebedouros, também encontrados no mercado, são do tipo canudo e adaptados com uma garrafa do lado externo da gaiola).
O corredor, entre as gaiolas, deve ser cimentado. A esterqueira, que fica sob as gaiolas, deve ter seu nível abaixo do corredor e ser inclinada para deixar o esterco sempre seco.

O melhor é o uso de gaiolas de arame galvanizado, especiais para coelhos.

Essas gaiolas podem medir 80x60x45cm ou 60x60x45cm de altura e devem ser penduradas ou dispostas em pequenos galpões ou meias-águas ou galpões telados lateralmente, permitindo uma boa aeração (mas evitando os ventos que são nocivos), impedindo a entrada de animais estranhos à criação, a uma altura de 80cm do solo. Podemos cimentar ou não o piso, mas deixar sob as gaiolas, uma valeta de terra de 30/40cm de profundidade para que permaneça permeável à água. Nela cairão os detritos que devem ser retirados periodicamente e que podem ser aproveitados como esterco para plantas ou como substrato para a produção de húmus e minhocas. Dentro dessa valeta, podemos colocar uma camada de pedra britada, uma camada de carvão vegetal, e em cima uma camada de areia lavada.

A água deve ser fornecida à vontade através de bebedouros automáticos ou em bebedouros tipo vaso, já a ração deve ser fornecida de maneira controlada, com a utilização de comedouros semi-automáticos ou comedouros tipo vaso.

Posicionamento das gaiolas

- Individuais: colocadas em um só plano (andar), facilitam a inspeção, podem ser fixadas nas paredes, por outro lado, não se aproveita bem o espaço vertical do galpão.

- Sistema de Baterias: as instaladas em vários andares superpostas, aproveitando o espaço vertical. Não dever ter mais de três andares, sendo que as gaiolas devem possuir coletores, em declive, de dejetos dos animais.

- Sistema Californiano: as gaiolas são instaladas em andares, sendo que uma fica sobre as outras, em níveis diferentes.

OBS. Atualmente o único modelo utilizado é o individual, onde todas as gaiolas estão jno mesmo plano. Isto facilita a higienização e diminui a incidência de doenças entre os animais, além de facilitar a mão-de-obra.

Temperatura e Umidade

Para o bem estar dos animais seria bom que a temperatura interna do galpão se mantivessem estáveis, sem variações bruscas, para tal pode se fazer uso de isolantes térmicos, como isopor, vermiculite, etc. Um sistema de ventilação, seja natural ou forçada pode colaborar para a mantença de temperatura ideal, através de exaustores, ventiladores ou injetores de ar, sempre preservando baixo nível de ruído, pois o barulho estressa os animais.
A umidade deve ser alta, mas a temperatura não. O ideal seria uma temperatura entre 18 e 22 ºC e umidade de 70%.

MANEJO SANITARIO


De acordo com Segui 1989, sendo o coelho um animal de alta prolificidade e com um custo pequeno por animal, não compensa o custo de tratamento, havendo o risco de contaminação do restante do rebanho, no caso de ocorrência de certas doenças. Portanto, todos os animais que apresentarem sintomas de doenças devem ser retirados do galpão e, caso não apresentem melhora devem ser sacrificados.
A melhor forma de manter os animais livres de doenças consiste em proporcionar boas condições de higiene dentro dos galpões. Sendo o principal manejo para limpeza e desinfecção das gaiolas (comedouros, bebedouros e ninhos) feito com o auxílio de um lança chamas e desinfetantes.
Para a desinfecção dos galpões, principalmente do piso, utiliza-se a cal virgem (calhação), água sanitária, iodo, etc. Em entradas de coelhários não se pode esquecer do pedilúvio, que pode ser de cal virgem ou algum tipo de desinfetante, prevenindo a entrada de algum agente patogênico para o interior da criação.

MANEJO ALIMENTAR


Como deve ser a alimentação?
Na alimentação, use ração específica para coelho. O reprodutor e a matriz em crescimento comem, em média, de 120 a 150 gramas de ração/dia; matriz em gestação consome de 200 a 220 gramas/dia; os láparos do 22º dia após o nascimento até o desmame, 40 a 60 gramas; depois do desmame até o abate, de 100 a 120 gramas; e a matriz lactante, com sete láparos, de 400 a 420 gramas/dia.
A distribuição da ração deverá ser realizada de manhã e à tarde em horas mais ou menos certas. Também o criador não deverá das comida em quantidade excessiva aos animais, sabendo-se que um coelho come de acordo com seu tamanho.
Os coelhos são herbívoros e, por isso, se alimentam de vegetais como as forrageiras, (gramíneas e leguminosas) que podem ser: rami, soja perene, alfafa,... e outros vegetais como, folhas de  goiabeira e bananeira. Além dos verdes, devemos fornecer-lhes também uma ração balanceada, comendo o verde e a ração de maneira equilibrada.
Eles possuem um ceco bem desenvolvido que desempenha função importante para o aproveitamento alimentar. No ceco ocorre a proliferação bacteriana (semelhante ao que ocorre no rúmem), e no  período noturno o coelho se alimenta deste produto (cecotrofagia).   
A energia contida no corpo dos animais é importante para as funções biológicas como o crescimento, reprodução, lactação...

Comedouros

Devem ser de fácil limpeza, feitos de materiais resistentes à ferrugem; com bordas dobradas para dentro a evitar que se espalhem os alimentos; posicionados de forma a não contaminar os alimentos com os dejetos; de tamanho que não permita que o animal entre nele; deve ser prático, permitindo o manuseio do lado de fora da gaiola e se possível automatizado.

Bebedouros

Comumente são utilizados os tipo vaso ou tipo "chupeta" (automático), pois evitam que os animais se banhem ou contaminem a água.


MANEJO REPRODUTIVO
Como é a reprodução?
Você deve providenciar a compra das matrizes para corte (raças Califórnia, Nova Zelândia, Gigante de Flandres, Gigante Branco de Bouscat) ou para produção de pele (Rex, Gigante Borboleta, Negro e Fogo, Fulvo de Borgonha e Angorá). procure sempre um fornecedor idôneo e para cada 10 matrizes adquira um macho. Cada animal deve ficar em gaiola individual e deve-se deixá-lo descansar por 30 dias, antes de acasalar, para adaptá-lo ao ambiente.
Passado o período de adaptação, inicie a verificação do cio, que consiste em observar a vulva da fêmea. Se ela estiver intumescida e com a coloração rosada, brilho intensoe mucosa, estará no cio. Leve a fêmea até a gaiola do macho e anote a cobertura na ficha. (Cada macho deve cobrir uma fêmea a cada 36 horas).
Dez dias depois, verifique a prenhez apalpando o animal. Caso isso não indique sinal de prenhez, leve a fêmea novamente ao macho. Se ela estiver prenha irá mostrar-se irritadiça, agressiva ou procurará se esconder. Se ela aceitar o macho anote novamente na ficha a nova cobertura e se isto se repetir pela quarta vez a fêmea deve ser descartada.
O parto ocorrerá entre o 28º e o 34º dia após a cobertura (dependendo da raça). No 27ª dia, coloca-se na gaiola o ninho (veja modelo ao lado), um caixote de madeira com 40 cm de comprimento e 27 de altura e largura e deve possuir uma abertura, cheio de pó-de-serra grosso.
Após o parto, faça a limpeza e desinfecção do ninho, com água clorada ou iodo. Coloque, então, pó-de-serra fino no ninho. As crias devem permanecer, com a mãe, durante 30 a 35 dias. Os láparos (como são chamados os filhotes) começam a comer alimentos sólidos de 18 a 21 dias, além do leite materno. A fêmea deve ser coberta novamente no 29º dia após o parto (não se deve tirar mais que 5 a 6 crias por ano). As crias devem ser colocadas nas gaiolas de engorda, para o abate, aos 70 dias de vida, com peso médio de 2,2 quilos.
Como conhecer o sexo nos coelhos jovens?
Em relação a todos os animais domésticos, é o coelho que se destaca pela precocidade da maturidade sexual; portanto a separação do sexo deverá ser feita bem cedo, logo após o desmame quando os láparos tem em média 2 meses de idade.

Para se conhecer o sexo dos coelhos jovens, temos a necessidade de examinar os órgãos sexuais, cuja técnica é a seguinte: levantar o coelho por cima do lombo, segurando-o pela dobra da pele e com os dedos livres segurar a cauda do animal e repuxá-la para trás na direção do corpo.

Com o animal nessa posição, o criador verá duas aberturas situadas debaixo da cauda que se acha levantadda. A abertura superior, arredondada e ligeiramente pregueada, constitui o ânus que é a parte final do intestino, pela qual são eliminados as fezes. Logo abaixo do ânus há uma abertura, ligeiramente alongada no sentido vertical, a qual deverá ser cuidadosamente examinada assim: o criador suspendendo o coelho, com os dedos polegar e indicador colocados cada um ao lado desta abertura, deverá comprimir o local e puxá-lo ligeiramente para trás. Se por esta abertura aparecer uma ponta de 1 cm de comprimento, ligeiramente encurvada conforme a idade, trata-se de um macho. Ao contrário, se durante a compressão e repuxamento da abertura, esta apresentar apenas uma fenda, ligeiramente ovalada, trata-se de uma fêmea.

Devemos colocar cada fêmea adulta em uma gaiola de reprodução, da qual só sai para ir à gaiola do macho acasalar. Os animais, tanto machos e fêmeas, estarão prontos para a reprodução aos 6 meses, em média.

Acasalamento natural

É onde se pega a fêmea com todo o cuidado e levamos à gaiola do macho. Este, a procura logo, montando-a. Devemos verificar se houve o acasalamento, o que notamos quando o macho, após uma série de movimentos de vai-e-vem, dá um salto para frente e, em geral, cai para um dos lados. Basta uma só cobertura, mas não há inconveniente que se realize uma logo após a primeira. Retiramos imediatamente a fêmea e levamos para a sua gaiola. Cinco dias depois, devemos repetir o acasalamento, procedendo da mesma forma que da primeira vez.

Acasalamento confinado

Este método não deve ser utilizado em criações comerciais, uma vez que não permite acompanhamento dos índices zootécnicos.
Coloca-se varias fêmeas na gaiola do macho por um dia, podendo-se identificar a prenhez após 15 dias através de apalpação.

Inseminação artificial

Como a ovulação da coelha ocorre após 10 a 12 horas após a cópula, fazendo uso desse sistema, deve-se usar rufiões para saltar sobre as fêmeas, estimulando-as a ovular. Pode ser ministrada uma injeção de hormônio, por via intravenosa, 75 U.I. de gonadotropina coriônica humana.
Para coleta de esperma utiliza-se a vagina artificial ou eletroejaculação. Esse método, que é ideal para médias e grandes criações, facilita o manejo reprodutivo desde a gestação até a lida com os láparos. Permite a identificação de reprodutores especializados de alta linhagem para os fins a que se destina a criação. Praticamente elimina as doenças transmitidas no coito.

Gestação - parto

Aconselha-se a apalpação após 15 dias da cobertura para se ter certeza da prenhez. 27 dias após o primeiro acasalamento colocamos um ninho dentro da gaiola, para que a fêmea tenha ali os seus filhotes. Pode ser um simples caixote de 50x30cm, e de preferência, com uma tampa. Sua parte da frente deve ser aberta, tendo apenas um parapeito de 15cm de altura para evitar que os láparos consigam sair dele, nos primeiros dias. O ninho deve ter uma camada de palha ou capim bem seco e cortado em pedaços de 10cm a 15cm no máximo, para evitar que os coelhinhos fiquem debaixo dele e não possam sair para mamar, morrendo de fome.
O parto ocorre de 27 a 32 dias após o acasalamento. Na véspera ou no dia do parto, a coelha arranca os pêlos do peito e da barriga para agasalhar os filhotes e descobrir as mamas. Quando notarmos que o ninho está coberto por uma camada de pêlos e a coelha está calma é sinal de que o parto já terminou. Normalmente, ele ocorre à noite; Assim sendo, no dia seguinte pela manha, com as mãos lavadas apenas com água (nada de sabão, sabonete ou desinfetante) e com cuidado, afastamos os pêlos e em baixo dele encontramos os filhotes pelados e de olhos fechados, todos juntos. Devemos contá-los, retirar algum morto, raquítico ou deixando com a fêmea somente 8 láparos, porque ela tem 10 mamas, e as 2 peitorais, em geral, dão pouco leite. Os excedentes devem ser passados para outras coelhas que tenham ninhadas menores e da mesma idade ou, então, sacrificados.

Os láparos

Com 4 dias já possuem pêlos e com 12 abrem olhos; com 15 a 20 dias já saem do ninho e começam a comer mesma comida que a coelha. O ninho deve ser retirado no máximo, quando atingem 20 dias. As coelhas são boas criadeiras e, por isso, não devemos interferir, exceto quando os láparos começam a "chorar" dentro do ninho, o que significa que estão com fome, que a coelha não tem leite, tem pouco leite ou, então, por que abandonou o ninho. O fato de não vermos a coelha amamentar filhos, não significa que ela não o faça, pois as mamadas são ao anoitecer e pela madrugada.

Desmama

Deve ser feita com 45 dias, sendo os láparos separados da mãe. São, então, separados por sexo, marcados e colocados em lotes de 6 em cada gaiola. As fêmeas podem permanecer até à época da reprodução, enquanto que os machos devem separados, individualmente, aos 4 meses, porque começam a brigar e suas brigas podem terminar em morte ou em castrações de uns pelos outros. Para que os machos possam permanecer juntos, após essa idade, devemos castrá-los.
ABATE

Pode ser feito desde os 70 dias de idade, quando atinge peso por volta de 1,8 Kg. É aconselhável deixar o coelho 12 horas em jejum antes do abate. O método caseiro mais prático e mais usado é o da pancada na nuca. Para isso, seguramos o coelho pelas pernas traseiras, de cabeça para baixo e, com um bastão, damos uma forte pancada na nuca, causando-lhe morte instantânea. O inconveniente processo é que ele fica com o pescoço roxo, pelo "sangue pisado" (hematoma) no lugar da pancada.

Pele

Para a esfola, penduramos o coelho pelas pernas, de cabeça para baixo e cortamos sua cabeça, o que permite uma boa sangria, melhorando o aspecto e a qualidade da carne. Com uma faca bem afiada, fazemos um corte na pele, circundando as pernas traseiras, entre o pé e a perna. Depois, começando neste corte e pela parte interna da perna, fazemos um corte até a região anal, circundando os órgãos ano-genitais. A mesma coisa é feita na outra perna. A seguir, com os dedos, vamos descolando a pele, que sai inteira, pela cabeça, como um suéter. Quando chegar às patas dianteiras, fazemos um corte circular, desprendendo a pele totalmente, saindo ela fechada, em forma de luva ou bolsa.
Logo que tirada, a pele deve ser curtida ou congelada, para a sua conservação até ser curtida. É de ótima qualidade e muito procurada para a confecção de belos agasalhos ou para usos industriais. Muitas peles imitam, com perfeição, a pele de outros animais como chinchila, arminho, marta, etc. As mais valorizadas são as de cores uniformes e em lotes.

Evisceração

Para limpar o coelho, extraindo suas vísceras, fazemos um corte pela linha mediana, indo desde o pescoço até o ânus. Aberto o peito e a barriga, deles retiramos todas as vísceras deixando a carcaça limpa que deve ser lavada em água fria e colocada na geladeira ou câmara de refrigeração. É preciso cuidar para não furar os intestinos, estômago ou a vesícula biliar que não prejudique a qualidade da carcaça.
Cortes mais usados
O coelho pode ser preparado inteiro ou em pedaços. Neste caso, pode ser dividido em pernas dianteiras, pernas traseiras, coxas e lombo dividido em 3 partes.

VACINAÇÃO E LIMPEZA


Como deve ser a limpeza e a vacinação?
A limpeza deve ser diária e meticulosa das coelheiras, além da desinfecção periódica. Nos serviços de rotina devem ser levados em conta os seguintes fatôres: combate às moscas e ratos, muitas vezes responsáveis pela transmissão de várias moléstias e preservá-las de môfo e bolores na ração.
A desinfecção periódica deve ocorrer quatro vezes por ano. Há dois métodos: promover a queima da gaiola com o uso dee lança-chamas a gás; ou pulverizá-la com produto desinfetante (vendido em lojas de agropecuária).
Também o estêrco do coelho, responsável muitas vezes pelo aparecimento de doenças, deverá ser guardado em esterqueiras próprias. Apesar de ser execelente adubo, nunca deverá ser aproveitado nos terrenos destinados á plantação das verduras e forragens destinadas aos próprios coelhos, pois, em caso de moléstia, tal como a coccidiose, seria muito fácil a sua disseminação entre os animais.
Não esqueça de vacinar os animais contra a pasteurelose (necessária) e mixomatose (só em lugares ou zonas infectadas), as doenças mais comuns verificadas em coelhos. A profilaxia contra as sarnas é obtida através da higiene.

Doenças da espécie
Período
Local
Conservação
Obrigatória
 PASTEURELOSE
Anual 
Sub-cutânea
Entre 2 a 8 °C 
Não


DOENÇAS

Desinteria
As desinterias são ocasionadas por diversas causas, e aparecem mais freqüentemente nos coelhos durante a época do desmame. Em geral as desinterias são produzidas pelos alimentos fermentados, mofados ou sujos; pelo excesso da forragem verde de alimentação. Também são causas da desinteria as intoxicações alimentares, parasitas intestinais, os. alojamentos úmidos e calor intenso.
Além disso a desinteria é um sintoma comum a diversas doenças, sendo mais ou menos grave, conforme as causas que a provocaram.
Em geral o criador nota o aparecimento da desinteria ao fazer diariamente a inspeção nas coelheiras quando os animais doentes se apresentam com os pêlos em volta do ânus sujos de fezes moles. Além disso os coelhos se apresentam com o ventre inchado, perda de apetite, bebem muita água, olhos embaçados e pêlos arrepiados. Como tratamento, devemos primeiramente eliminar as causas tirando toda a alimentação e procurando constatar a boa qualidade da ração distribuída aos animais.
Estes deverão receber uma alimentação rica em elementos nutritivos, podendo se dar, também folhas de bananeira ou goiabeira, que dão bom resultado na desinteria alimentar.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Coriza
Esta enfermidade que aparece nas coelheiras em qualquer época do ano se manifesta em geral por abundante secreção da mucosa do nariz, acompanhada de espirros contínuos, podendo, conforme o caso, ser benigna ou infecciosa.
O aparecimento da coriza entre os coelhos é motivada não só pelas mudanças bruscas de temperatura, chuvas contínuas, ventos e umidade, como também pela poeira, alimentação deficiente e falta de higiene nas coelheiras.
A coriza infecciosa é, em geral, encontrada em diversas enfermidades graves com lesões pulmonares, e infecção geral. A coriza é quase que comum nas criações cujos animais se alojam em coelheiras instaladas ao relento, expostas ao sol, chuva e umidade. O clima e a localização do terreno onde se acham instaladas as coelheiras influem consideravelmente no aparecimento de qualquer moléstia, principalmente se tratando da coriza, quando sabemos que, em grande parte, a umidade, o vento e as mudanças bruscas de temperatura são os responsáveis pelo seu aparecimento.
Com isto, vemos que é muito rara a existência de coriza nas criações onde as coelheiras estão colocadas em galpões ou recintos fechados, que as abriguem do vento e chuva.
Nessas condições, os coelhos assim protegidos, dificilmente poderão contrair resfriados que os predisponham à coriza.
No início da moléstia, os coelhos espirram continuamente, e nos casos benignos, não perdem o apetite e nem enfraquecem.
Com o decorrer da moléstia, após 2 ou 3 dias, começa a sair pelas fossas nasais um corrimento aquoso e inodoro. O coelho assim atacado esfrega constantemente o nariz com as patas dianteiras: chega a perder o apetite; fica triste e com os pêlos arrepiados, apresentando os olhos embaciados e quase não se alimenta.
A coriza, não sendo medicada em tempo, irá apresentar, além dos espirros, um corrimento ocular aquoso. Com o continuar da moléstia, este corrimento nasal torna-se mucoso, espesso, e quando aderente à ração do animal, chega a obstruir as narinas, determinando a morte do mesmo por asfixia. O aparecimento da coriza é muito comum durante a época das chuvas constantes.
Quando tratada em tempo, não apresenta a coriza nenhuma gravidade. Assim, em primeiro lugar devemos eliminar as causas determinantes da mesma e isolar os animais doentes. Estes deverão ser colocados em lugares secos, limpos e bem abrigados. A alimentação deverá ser rica em grãos, sais minerais e vitaminas A e D.
Em geral, a morte do animal se dá pela obstrução das fossas nasais, o que impede o animal de respirar. Isto acontece porque o corrimento nasal, em contato com a ração, forma uma massa de consistência mais ou menos dura que, ao secar, chega a entupir completamente as fossas nasais.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Sarna Auricular
É esta uma doença comumente encontrada nas criações de coelhos, cujo rápido contágio facilita em pouco tempo a propagação da moléstia entre todos os animais. A sarna auricular é uma moléstia parasitária ocasionada por dois parasitas, Psoroptes communis e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho, na parte profunda da pele, chegando muitas vezes a provocar a morte do animal quando não tratado em tempo.
A primeira manifestação de sarna de orelha começa pelo aparecimento de forte irritação, no interior de um dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da moléstia, esta serosidade se engrossa cada vez mais, havendo formação de crostas ou escamas de côr amarelo-pardo, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal.
Os animais assim atacados se tornam inapetentes, fracos, emagrecendo rapidamente, chegando muitas vezes à morte; inclina a cabeça para o lado doente, procurando coçar com as patas a orelha atacada. Com o avançar da moléstia, iremos encontrar juntamente com as crostas, sangue e pús, de cheiro fétido. Tratando-se de moléstia muito contagiosa, o criador deverá tomar sérias medidas de profilaxia e higiene a fim de impedir a propagação da moléstia.
Tratamento - Faz-se primeiro a limpeza do ouvido, retirando-se com uma pinça, as crostas previamente pinceladas com querosene a fim de facilitar seu amolecimento. Em seguida aplica-se qualquer sarnicida de preferência em Spray, encontrado no comércio, o qual será aplicado novamente após 15 dias até a cura completa do animal.
Medidas Profiláticas - Manter uma limpeza rigorosa nas coelheiras. Não permitir a entrada de animais doentes na criação; todos os coelhos deverão ser examinados periodicamente, e a título preventivo, fazer uma aplicação mensal de sarnicida em todos os animais.
Os animais doentes deverão ser logo medicados e isolados. As gaiolas ocupadas pelos coelhos doentes deverão ser desinfetadas de preferência flambadas, ao lança-chamas.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Coccidose Hepática
Esta moléstia, muito freqüente nas criações de coelhos causa sempre grandes prejuízos aos criadores, pela grande mortalidade que produz entre os animais.
De um modo geral, todos os coelhos são atacados pela coccidioso, mas ela atinge de preferência os coelhos de 2 a 4 meses, onde a mortalidade é maior. Os coelhos adultos, quando atingidos pela moléstia, são bem resistentes, tornando-se muitas vezes, portadores da coccidiose. Esses animais são assim chamados porque, mesmo não apresentando o sintoma da moléstia, são os propagadores da mesma, pela eliminação do micróbio da coccidiose pelas fezes. Desse modo, é fácil a propagação da coccidiose através dos alimentos, água, coelheiras e até pelo próprio tratador. Entretanto, para que o micróbio da coccidiose esteja em condições de contaminar os animais, é preciso que o mesmo apresente modificações tais, facilitadas pelo calor e umidade, a partir do momento em que os parasitas são expelidos pelo coelho doente até o momento de serem ingeridos pelos coelhos sãos. Assim, a contaminação só será feita quando o micróbio da coccidiose sofrer as transformações necessárias ao seu amadurecimento durante três dias mais ou menos. Antes desse tempo, os micróbios da coccidiose não transmitem a moléstia quando ingeridos pelos coelhos sãos, por não estarem maduros. A constatação da moléstia é feita pelos seguintes sintomas: tristeza e abatimento dos coelhos, falta de apetite, pêlos arrepiados, diarréia, ventre aumentado de volume; em alguns casos há convulsões e paralisia das patas. A morte do animal poderá dar-se em dias ou dois a três meses. Entretanto, o diagnóstico certo da coccidiose só poderá ser feito com exame de laboratório, devendo o criador enviar o coelho morto ou doente ao Instituto Biológico, onde serão feitos os exames necessários.
Ao abrir-se um coelho morto suspeito de coccidiose o criador notará, como indício, o fígado muito aumentado de volume e todo salpicado de pequenos pontos ou manchas branco-amareladas. O meio mais certo para impedir o aparecimento da coccidiose são as seguintes medidas preventivas: limpeza diária c desinfecção das coelheiras: a criação deverá ser instalada em lugares secos e amplos: os alimentos e a água destinados aos animais deverão ser muito limpos e nunca em contato com os excrementos; as coelheiras deverão ter o piso de sarrafo ou tela, evitando assim o contato do animal com os excrementos e sua possível contaminação.
Os animais doentes deverão ser isolados imediatamente, os coelhos mortos de coccidiose deverão ser queimados.
O criador deverá ter muito cuidado em introduzir coelhos de procedência ,ignorada na sua criação.
O estrume dos animais doentes nunca deverá ser usado em hortas ou plantações destinadas à alimentação dos coelhos.
Somente quando existe a coccidiose é que devemos fazer o tratamento curativo à base das sulfas. Entretanto, não devemos esquecer que, apesar de sulfa ser o medicamento específico da coccidiose, esta deverá ser aplicada com bastante cautela e somente quando tivermos certeza do aparecimento da coccidiose. Isto porque, em geral, a aplicação da sulfa como curativo determina também certas perturbações no organismo do coelho.
Assim os reprodutores, machos e fêmeas, ao receberem a sulfa ficam durante alguns meses completamente frios e indiferentes, não permitindo ao criador continuar a fazer normalmente os acasalamentos; também as fêmeas, quando prenhes, abortam facilmente e as coelhas com ninhadas chegam a perder totalmente o leite.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Mixomatose
É uma das doenças mais graves que atacam os coelhos, ocasionando grande mortandade no plantel, e propagando-se rapidamente entre os animais sãos. Os animais, quando atacados pela mixomatose, apresentam os seguintes sintomas: no início da moléstia aparece um corrimento nasal que vai aumentando, chegando às vezes a dificultar a respiração do animal.
Em seguida apresenta os olhos congestionados e inflamados, com grande secreção purulenta. Logo aparecem pequenos tumores na base da orelha, nariz e lábios, que vão se estendendo por toda a cabeça, a qual se apresenta muito inchada.
Após os primeiros sintomas, estes tumores espalham-se por todo o corpo, principalmente no ânus e órgãos genitais, onde são encontrados em grande número.
Estes tumores, quando abertos, deixam sair um líquido mucoso de cor rosa. O animal apresenta uma febre ligeira, emagrece e morre geralmente entre 4 a 8 dias, após o aparecimento dos primeiros sintomas. É a mixomatose muito contagiosa, e sua transmissão é feita pelos mosquitos e pulgas.
Recomenda-se vacinar os animais preventivamente com vacina já fabricada no país. O mais indicado é sacrificar os animais mais doentes e queimar os cadáveres, desinfetar todas as gaiolas a fogo, isto é, aplicando-se o lança-chamas. Fazer uma desinfeção geral e evitar o aparecimento dos mosquitos.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Vermes Intestinais
Os coelhos são também atacados pelos vermes intestinais que ocasionam sérios prejuízos nas criações infetadas.
Os coelhos contaminados perdem o apetite, enfraquecem rapidamente, apresentando-se sempre magros, chegando muitas vezes a ter convulsões e paralisia. Na autópsia dos coelhos doentes os intestinos se apresentam endurecidos e resistentes ao corte, e no seu interior encontramos geralmente grande quantidade de lumbrigas.
A alimentação deverá ser muito nutritiva, dando-se aos animais, além da ração normal, 1 colher de sopa de aveia para cada coelho. A ração deverá conter 1 a 2% de sais minerais e vitaminas.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Indigestão
Quando os coelhos são muito vorazes e o criador não controla a quantidade de ração que é distribuída diariamente, os animais se apresentam com o estômago endurecido e o ventre inchado. As vezes, o animal chega a vomitar, torna-se inquieto, e deixa de comer. Isto também acontece no caso do animal ter comido grande quantidade de verduras que fermentaram, dando origem à formação de gases ou também no caso de envenenamento por plantas tóxicas.
Como tratamento, dar ao animal bicarbonato de sódio na água, ou leite de magnésia. Se esse medicamento não der resultado, dar um purgativo, isto é, 1 a 2 colheres de azeite de cozinha.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Parasitos Externos
Vários parasitos como as pulgas e os piolhos chegam a atacar os coelhos, produzindo o emagrecimento do animal, e dando ao pêlo um mau aspecto. Os piolhos chegam a ocasionar a queda do pêlo no dorso do animal e na cauda, pois, para atenuar as picadas do parasito o coelho procura coçar as partes atingidas, arrancando ele próprio o pêlo destes locais.
Os animais assim atacados deverão receber aplicações diárias de pós inseticidas.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Sarna do Corpo
Esta doença, muito contagiosa, é caracterizada pela formação de crostas na cabeça do coelho, principalmente na boca, olhos e nariz, estendendo-se nos casos graves às patas e órgãos genitais.
Esta sarna é muito diferente da sarna da orelha, pois esta só ataca o corpo do animal.
As primeiras manifestações da sarna começam com a picada do parasito que causa forte irritação, ocasionando o aparecimento de um líquido que, ao secar, forma crostas duras, de cor amarelo-cinza, que dão ao animal um aspecto repugnante, pois a pele se apresenta enrugada e inchada, além de completa queda do pêlo. O parasito da sarna é encontrado debaixo da pele, onde escava galerias, alimentando-se do sangue do animal.
Como a sarna se localiza de preferência na cabeça e boca do animal, os lábios se apresentam consideravelmente inchados e o coelho não pode alimentar-se devido à dor e à dificuldade que sente ao mastigar. Com isto o animal emagrece, enfraquecendo-se bastante até morrer.
Sendo ás crostas localizadas em volta do nariz, há inflamação do local, determinando grande dificuldade na respiração.
Quando o coelho se apresenta com todos esses sintomas, a cura é muito difícil, e quando isso acontece, ele se torna muito fraco; é mais indicado o sacrifício dos doentes.
Entretanto, no início da moléstia, antes que a sarna atinja completamente a cabeça do animal, o seu tratamento é fácil. Assim, o criador ao notar que o focinho do coelho que é geralmente limpo e brilhante, se apresenta coberto com um pó branco, semelhante à farinha, deverá logo examinar o animal, assim como as suas patas, onde ele irá encontrar entre as unhas o mesmo pó branco. Isto acontece porque o coelho, ao sentir a irritação produzida pela picada do parasito na cabeça, procura logo coçar o local, fazendo então com que as unhas se apresentem infectadas.
O tratamento consiste em esfregar as partes atingidas com querosene, ocasionando a caída das crostas para então se aplicar o remédio.
A aplicação no local deverá ser feita diariamente, com qualquer desinfetante a base de cloro ou sarnicida em Spray, 10 aplicações são suficientes até a eliminação da moléstia.
No caso de sarna no corpo, as coelheiras deverão ser desinfetadas com lança-chamas: não sendo isto possível, as coelheiras deverão ser desinfetadas com uma pintura de cal e soda em partes iguais.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Pasteurelosis ou Septicemia Hemorrágica
Esta moléstia muito contagiosa é caracterizada pela rapidez com que ataca os coelhos, produzindo grande mortandade entre eles.
Os coelhos atacados pela pasteurelosis, no início da moléstia apresentam febre, tristeza, falta de apetite, pêlo eriçado, permanecendo em um canto da coelheira como se estivessem dormindo. Às vezes apresentam os olhos congestionados e respiração anormal, seguindo-se o aparecimento de uma diarréia, geralmente sanguinolenta, e convulsões do animal com manifestação paralítica. Esta moléstia também se apresenta com a forma pulmonar, que se caracteriza pela febre que ataca os coelhos, espirros; falta de apetite; respiração acelerada e dolorosa, e principalmente pela líquido sanguinolento que sai das fossas nasais do animal. A moléstia se apresenta sempre com grande rapidez, determinando a morte do animal dentro de 2 a 3 dias. A pasteurelosis aparece sempre nas criações onde não existe higiene nem limpeza, onde os animais são mal alojados, e acham-se em comum com aves, porcos e outros animais. Ao notarmos a aparecimento da pasteurelosis, deverão ser isolados os animais doentes, lavando-se as fossas nasais com água morna e bicarbonato para retirada do muco nasal. Em seguida, aplicar azeite ou vazelina mentolada, para descongestionar a mucosa e facilitar a respiração. O tratamento preventivo poderá ser feito por meio de soro injetável.
Os animais mortos deverão ser queimados e as gaiolas serão desinfetadas com lança-chamas.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Toxoplasmose
É também uma enfermidade de rápido curso, 8 a 10 dias, cuja transmissão é ocasionada pelas pulgas e piolhos. Os animais doentes apresentam febre, falta de apetite, grande abatimento, muita sede, abdome aumentado de tamanho, emagrecimento, anemia, diarréia fétida de cor esverdeada ou sanguinolenta e convulsões. Muitas vezes chega a ter paralisia da região posterior. Os animais doentes deverão ser isolados. As rações deverão ser ricas em elementos nutritivos, à base de alfafa e aveia.
Leia mais sobre Toxoplasmose.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Torcicolo ou Pescoço Torto
Acontece que muitas vezes encontramos um ou mais coelhos que se apresentam de um dia para o outro com a cabeça completamente virada.
Se os coelhos nestas condições não se acham atacado pela sarna auricular, essa torção da cabeça é de origem alimentar, ocasionada pela deficiência da Vitamina B, na ração. O coelho, nestas condições, torce a cabeça para um lado, dando a impressão que os músculos estão continuamente em contração; o animal anda com grande dificuldade, girando freqüentemente sobre um mesmo lado.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Conjuntivite dos Coelhos Novos
É uma enfermidade que ataca os olhos, sendo muito comum nos coelhos novos, devido ao forte cheiro de amoníaco que se desprende da urina e excrementos. Isto só acontece nas criações mal cuidadas, onde não existe higiene. Os olhos se apresentam inchados e completamente fechados.
Quando eles se abrem escorre uma grande quantidade de um líquido seroso e amarelado que se endurece logo. Devido à esta infecção, a membrana do olho se torna opaca, o que é conhecido como queratite. Como tratamento, a primeira coisa a ser feita é retirar as causas, obedecendo as normas de limpeza e higiene.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.